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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Demorei mas estou novamente por aqui. Continuo com a minha veia poética exaltada.... bom, então vamos lá.

Do que vive o Poeta ?

Se não do sol que
Planta a vida
Entoa gorjeios

Se não do vento que
Sopra do mar
Transporta o pólen

Se não da chuva que
Dá de beber à Terra
Transborda os rios

Se não do céu que
Camufla as estrelas
Abriga a lua

Se não da primavera que
Invade de flores
Espalha os odores

Se não do véu da noite que
Aflora amores
Esconde gemidos

O poeta sustenta-se
Do tudo se não do nada
Vive se não morre
Inspira-se na madrugada
Morre no ocaso...
Renasce na aurora..

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Hoje, me levantei e não sei porque cargas d´água, me veio à mente a palavra solidão. Lembrei que em meus velhos escritos havia alguma coisa parecida e “voilà”.....

Solidão

Como é dura a solidão
Vem de mansinho
Te deixa imobilizado

Não, não se trata
Daquela solidão desejada
Planejada para se ficar só    
Com os próprios pensamentos
Como ajuste dos neurônios
Criar intimidade com o íntimo
Solidão necessária e fortificante


Destaco a solidão verdadeira
Aquela que te segura
Com quatro garras
Te tomba no chão


Nessa hora tudo pára
Somente o cérebro funciona
Vai buscar acontecidos
Na memória que você
Queria esquecer

Cérebro perverso
Tem razões que o coração desconhece
Parece que é hábil para achar
Em algum recôndito, bem guardado
Aqueles momentos vividos

Sonhos perdidos
Amores negados
Mágoas acumuladas
Como é traiçoeira a solidão !
É tão ferina que te faz ficar só
No meio de uma multidão.